segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nestogeno 2- para bebes a partir dos 6 meses


Acabei de chegar da farmácia... um programa super corriqueiro para uma mãe de babies... Peguei 3 pacotes de fraldas (antes pesquisei qual estava mais em conta... sempre tem alguma promoção) e fui para a prateleira dos leites infantis.... fui direto no que sempre pego: Nestogeno 1 ( depois de muuuuuuuuuuitos leites esse foi o que deu certo) e aí pensei: não, hoje tenho que pegar o nestogeno 2.. amanhã o ioni e a naná fazem 6 meses(já???????). Sempre olhava para a versão mais madura das fórmulas infantis com um olhar de falta muito para chegar aí. Bom, chegou.... meus filhos vão fazer meio ano amanhã... agora, voou!
O rótulo do leite me levou a uma retrospectiva desses meses... faz tempo que não posto, então resolvi dividir com vcs essas reflexões.
Começando pelo leite: sempre me perguntam se eu ainda amamento. Não, eu não amamento... consegui até os 3 meses e para mim isso já foi uma vitória. Não me afetam mais os olhares tortos para a minha resposta curta e direta: não eu não amamento. Não pretendo fazer aqui uma propaganda anti amamentação. Mas amamentar é em ultima instancia uma opção, e eu consegui optar por ela por 3 meses, sorry! e me explico... durante esses três meses tudo o que eu fazia era amamentar e bombear leite nas horas livres. Acabava não curtindo os babies . Muitos acham que o vínculo materno se dá pela amamentação, visão um pouco simplista... seria muito fácil se fosse assim ( amamentar não é fácil, mas criar um vínculo é uma tarefa muito mais complexa e envolve muito mais do que um seio físico) quantas mães amamentam e não têm o menor vínculo com seu filho, outras têm um vínculo fortíssimo. O vínculo se dá por uma porção de fatores que criam essa estrutura afetiva entre mãe e filho. O vínculo é criado pelo seio, vamos dizer assim, psíquico. Pelo acolhimento, pelo suporte e compreensão e pelo calor de um colo amoroso. O vínculo se forma nos olhares apaixonados para aquela(s) criatura fofa e mágica. Amamentar é muito bom para a saúde, e se feita com afeto ( e não com stress) é um momento de muita intimidade entre mãe e filho. Passar o dia inteiro amamentando ou bombeando leite não me permitia curtir cada momento sutil e maravilhoso do desenvolvimento do ioni e da naná. Não amamentar foi a minha escolha e não me arrependo disso. Pude assim me dedicar 100% a curtir e me apaixonar cada vez mais os meus filhos, sem sentir a obrigação de produzir mais e mais leite.
 A percepção de que cada bebê é um indivíduo é muito mais aguçada para uma mãe de gÊmeos, já que ela tem diante de si dois bebês para comparar. Desde o nascimento dava para notar as diferenças. A naná sempre foi mais agitada e o ioni mais na dele. Com o passar do tempo fomos percebendo as brincadeiras das quais cada um gosta... A naná ri para quase qualquer um que lhe dê atenção... mas não ri tanto com brincadeiras com barulhos e muita agitação. O ioni exige um pouco mais de esforço para arrancar uma gargalhada... passa o dia inteiro "falando" sozinho ( um dia eu posto... as pessoas duvidam que aqueles gritinhos saem da boca dele.... a gente morre de rir) ele acorda e fica quieto no berço brincando com os pés, enquanto a naná chora assim que abre os olhos. O ioni é preguiçoso pra caramba... quando colocamos ele de barriga no chão para brincar ele simplesmente deita e fica " mamando" o tapete... a naná parece uma pipoca, não para quieta um minuto... fica se virando de um lado para o outro sem parar!!!
A afirmativa de que a maternidade não é igual para todos os filhos se torna a cada dia mais verdadeira e a comparação é instantânea ( não preciso esperar o próximo filho para fazer uma comparação pouco aguçada, já que a memória falha as vezes). Sou a mãe da naná e sou a mãe do ioni. Sou diferente com cada um, porque eles são diferentes e têm demandas diferentes. Não seria justo ser igual com os dois.. A mãe precisa dar o que o filho precisa! Tem de se desprender dos seus preconceitos e dos "manuais de intruções" e se entregar a sua percepção quase que infalível. A cada dia tenho me esforçado mais e mais em dar ao ioni e a naná o que els precisam individualmente.
Por fim, esses 6 meses me ensinaram a amar de uma maneira totalmente diferente. É um amor incondicional que faz perceber que todo o esforço e cansaço valem a pena, que a vida vale a pena.
O rótulo do nestogeno me lembrou e me fez pensar em cada momento desses 6 meses, tipo um flashback. Foram meses que valeram a pena e que iniciam uma jornada de meses e dias que valem MUITO a pena.
Beijos